A
Lei 8.069/90, denominada Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, foi um dos
resultados mais significativos da reivindicação dos movimentos da sociedade
civil brasileira, durante a década de 1980. Ele é uma lei avançada, porém
convive com concepções que partem de um ideal de controle do Estado sobre a
sociedade e, consequentemente, sobre o papel da criança nela. Tomando isso como
horizonte, o artigo discutirá a construção das políticas públicas para a
criança e o adolescente que resulta da disputa entre três projetos políticos
distintos: assistencialista, repressivo e educativo. A concepção de projeto
político está assentada nas análises de Dagnino (2002, p. 282) que a entende
"num sentido próximo da visão gramsciana, para designar os conjuntos de
crenças, interesses, concepções de mundo, representações do que deve ser a vida
em sociedade, que orientam a ação política dos diferentes sujeitos". Esses
projetos foram construídos em uma perspectiva histórica e apoiados por aparatos
que após sua normatização influenciam a trajetória das práticas institucionais.
É o caso dos Códigos de Menores de 1927 e 1979, assim como pelo ECA.
Entretanto, além das relações institucionais, cada uma dessas leis é
influenciada por princípios morais e de justiça social que direcionavam, e
direcionam, a relação entre Estado e sociedade. Essas disputas tencionam a
formação de políticas públicas fundamentadas na cidadania infantil e nos
direitos fundamentais. A possibilidade de desvendá-las permite a compreensão do
comportamento e da interação entre atores políticos e sociais na formulação,
implementação e avaliação das políticas públicas nesse campo de atuação.
Olá Boa tarde.
ResponderExcluirGostaria de receber o artigo citado .
Att
Socorro
cs_pinho@yahoo.com.br
Olá, gostaria de ler o artigo na íntegra. O meu email é camilaalmeida.contato@gmail.com
ResponderExcluirAgradeço desde já!
Atenciosamente, Camila